SAMBAS-ENREDO ANTIGOS
Enredo: Homenagem ao Poema "Primaveras", de Casimiro de Abreu
Autor(es):
Linda é a natureza
Tesouro de grande beleza
E a passarada em revoada
A cantar
A mais linda sinfonia de amor
Quando o palco é cenário
É um vasto campo em flor
Feliz foi o grande poeta
Casimiro de Abreu
Em seus versos escreveu
A natureza se desperta rindo (bis)
O mar é calmo porque o céu é lindo
Na primavera, tudo é riso e alegria
São rosas espalhadas pelos campos
Como é belo o despertar do novo dia
É um festival de flores (bis)
Primavera, estação dos amores
Lararara ôôô
Lalarararara ôôô
A primavera chegou
1971
Enredo: Samba do Crioulo Doido
Autor(es): Nelson Oliveira e Duduca da Aliança
Esta linda história
Nasceu da imaginação
Do imortal Sérgio Porto
E passará de geração a geração
Sua obra emocionante
Jamais esqueceremos
Sua sátira tão bela (bis)
Neste carnaval exaltaremos
Criôlo Doido
É sublime a sua história
Compositor de grande escola
Que um dia viu fugir sua memória
Enquanto, Inconfidência, Abolição, Proclamação
Foram os temas principais
O Criôlo Doido (bis)
Era campeão dos carnavais
Mas quando a bonança terminou
E a escola um novo enredo escolheu
Sobre a atual conjuntura
Foi aí que o criôlo endoideceu
Inventou toda a história do Brasil
E o resultado foi aquele que se viu
Dona Leopoldina virou trem (bis)
D. Pedro é uma estação também
1972
Enredo: Madureira, seu samba, sua história
Autor(es): Duduca da Aliança
Vem dos tempos imperiais
A história que vamos apresentar
Lourenço Madureira
Desbravando terras, caminhos sem fim
Veja que cenário deslumbrante
Desta história emocionante
Que nos faz cantar assim
Madureira, seu samba, sua história
Madureira cantamos sua glória (bis)
Madureira herdou o nome
Deste simples boiadeiro
E como bairro abençoado
Também tem seu padroeiro
Berço de grandes sambistas
Atração de todo o ano
Da Portela tão querida
Do famoso Império Serrano
E quando chega o carnaval
Madureira é do samba a capital
Madureira, seu samba, sua história
Madureira cantamos a sua glória (bis)
1973
Enredo: Cazuza
Autor(es): Fidélis Dutra
Da literatura infantil
Tiramos este tema febril
Para este povo apreciar
Obra do saudoso escritor
Viriato Corrêa
Na academia legou todo o seu valor
Cazuza chegou
Ele chegou pra valer (bis)
Trazendo muita bondade
Amizade podes crer
O seu lema era estudar
Soltando pipa via a linda borboleta a voar
Ele sendo criança
Gostava de ver a menina cantar
Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar
Este ano tem
Calundu no carnaval (bis)
Vem cá, lundu
Nesta festa universal
1976
Enredo: Ajuricaba, um Herói Amazonense
Autor(es): Gordo e Zé Carne Seca
Lá no Amazonas
No Vale do Rio Negro
Viviam os índios manaus
Chefiados por um bravo guerreiro
Que tudo fez
Para livrar-se do domínio português
E quando na selva ecoava
Um grito de guerra de Ajuricaba (bis)
Mais uma batalha se travava
Muitas vitórias conseguidas
Grandes perdas de vidas
Mesmo assim Ajuricaba insistia
Defendendo suas terras
Combatendo o invasor
Noite e dia
Mas uma tragédia ocorreu
Cucunaça seu filho
Em luta pereceu
E assim desesperado ele atacou
Foi vencido e acorrentado
E para Belém transportado
Seu povo chorou
Quando ele partiu (bis)
Cantou de alegria
Porque nas águas sumiu
1985
Enredo: Folia, Amor e Fantasia
Autor(es): Jorge Andorinha e Carlinhos Caldeira
O manto vermelho e branco
Cobre esse chão de poesias
E traz na força do seu canto
Folia, amor e fantasia
Em chuvas de confete e serpentinas
A minha escola volta a brilhar
Relembrando Zé Pereira
Eu sou da lira, não posso negar
Skindô lê lê, skindô lá lá ô (bis)
O abre alas, que eu quero passar
(E desfile)
Desfiles de escolas de samba
Blocos de sujo, rancho e sociedades
Mascarados, colombinas
Arlequins, pierrots, oh que saudade
Deixa meu povo delirar (bis)
Com a Unidos na avenida a desfilar
(A cidade)
A cidade enfeitada
Reinado de Momo chegou
Vou me embalar nesta festa
Foi nosso rei quem mandou
Eu vou brincar
Eu vou cantar
Só vou pra casa, quando o dia clarear
Eu vou sambar
Eu vou pular ô
Até quarta-feira despontar
(E o manto...)
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2006
Enredo: Das Lágrimas do Tupã, Nasce o Fruto Divino: O Guaraná
Compositores: Edson Carvalho, Cesar Neguinho, Gule, Tostão e Leco da ALERJ (Rogerinho)
O Deus Tupã abençoou esta terra encantada
Onde na tribo dos índios Maués, Jaci iluminava
Águas cristalinas que regam a vida
Fazendo a fé brotar
O mal chega em forma de serpente
Tão inocente, Uniay se apaixona
O céu se abre ao nascer do menino
Um ato singelo e divino
E ao longe se ouvia o cantar do uirapuru
Mas ele cresceu ouvindo lendas e histórias
Da grande castanheira que o fascinou
E o rio Amazonas ele atravessou
Meu coração vai pulsar
Quando ver você passar, bateria
Exaltando a Amazônia do Brasil, com energia
Jurupari, defensor do mal, aniquila o bem
Lança a ira de Tupã sobre Nossoquem
Água, terra, fogo e o ar se acabou
E a luz de Jaci se apagou
E os deixam na escuridão
Mas pedem perdão
Todos juntos com fé e oração
E dos olhos, aos olhos no chão
Surge o fruto, orgulho da nação
Jaci vai iluminar
Hoje tem guaraná, nessa folia
Pode provar meu amor
O ouro aqui tem sabor
Eu sou Unidos, pura energia
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2007
Enredo: Unidos pelo Caminho da Fé, Desbravando os Carnavais
Compositores: Tuninho do Traylle, Marquinho do Cavaco, Gule, Diego Rodrigues, Fernando Mansinho
Deixe a fé te levar
Te encaminhar
Tocar o seu coração
Do meu tempo de criança, trago a lembrança
Os antigos carnavais
Com muita luta a conquista
Veio com garra e esplendor
Hoje o sonho realizado
Traz ao presente o passado
E um futuro promissor
Sou vermelho e branco (eu sou)
Ao seu manto sempre fui, fiel (bis)
Com muito orgulho e muita raça
Sou boi vermelho Unidos de Padre Miguel
A fé
Acende a luz em nossos corações
Vem a mistura das religiões
Miscigenando toda raça
Festa Cristã
Desperta a cultura do povo
Riqueza para um mundo novo
Viver, ser mais feliz
Oh! Luar bendito seja o nosso protetor
Que tantas glórias já nos ofertou
Fazendo a gente estar aqui, na Sapucaí
Hoje a minha escola, te clama em oração
Proteja o nosso pavilhão
Na luta com garra contigo estou (Ogum Guerreiro)
O samba é o meu terreiro
Divina luz, sem fé não somos ninguém
Iluminado sou Vila Vintém
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2008
Enredo: No reino das águas de Olokum
Compositores: Toninho do Trayller, Diego Rodrigues, Cabeça do Ajax, Amendoim do Samba e Cicinho
Mergulhei...
A Unidos foi além da imaginação
O reino das águas de Olokum
Que me levou em forte correnteza
Vi no lendário a nobreza
De Olofin a tristeza
Que fez a princesa chorar
Mistérios que se escondiam
Segredos serão revelados
Sob a luz de Obatalá
Ouço o canto da sereia no ar
Essa onda que me leva a Iemanjá
É Nanã quem purifica todo mal
Traz águas claras pro meu carnaval
Chorei oh! lua
Ao ver que dos teus olhos nasce o rio-mar
Pudera essa noite o sol vir a brilhar
Selando esse amor em ouro e prata
Com seu cantar me seduziu
Me apaixonei por ti, oh doce Iara
Vem refletir...
Vintém canta em massa a preservação
Sem consciência o amanhã não mais virá
A fonte é o pavilhão da minha história
Sem desperdício, é carnaval
Ouça meu alerta ambiental
Olokum, lava minh"alma, clareia
Obatalá derrama benção lá do céu
Banhando a Unidos de Padre Miguel